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1. |
1. Hen To Pan
02:26
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a morte viva
o inferno e o nada
no eterno e constante retorno
o começo sem fim
a roda da existência
imperfeita e deformada
que vai e volta
todos os dias mais perto da destruição
todos os dias mais perto da salvação
todos os dias mais perto da destruição
todos os dias mais perto da salvação
o fogo que alimenta
a pergunta e a resposta
a morte pela boca
a eternidade pela cauda
o conhecimento reciclável
um eco sem fim
todos os dias mais perto da destruição
todos os dias mais perto da salvação
todos os dias mais perto da destruição
todos os dias mais perto da salvação
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2. |
2. Ninguém se importa
03:04
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ninguém se importa
o jogo é sujo
ninguém se importa
o jogo é sujo
minha opinião, minha conclusão
é tudo particular, é tudo em vão
minha perspectiva, minha vida
tanto faz a ida ou vinda
ninguém se importa
o jogo é sujo
ninguém se importa
o jogo é sujo
meus problemas,
meu fracasso
minha autoestima,
minha irrelevância
tá tudo uma merda, e não é só pra mim, é pra mim e pra você, então o que fazer além de reclamar e divagar? as vezes eu tenho vontade de gritar!
ninguém se importa
o jogo é sujo, baby
ninguém se importa
o jogo é sujo, baby
ninguém se importa
ninguém se importa
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3. |
3. 4 Segundos
02:13
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cólera dos sentidos, delírio coletivo
ruína da sanidade, controle e manutenção
o nó no estômago que aperta sem momento para se romper
desejo substancial e o vazio que ruge
oitocentos e vinte milhões de pessoas atravessam a fome
dentre essas, cinco milhões de brasileiros sofrem com a escassez
uma a cada dez pessoas da população mundial está subnutrida
quatro segundos é o intervalo de tempo entre mortos pela desnutrição
a fome
a fome
a fome
o paladar, a gula e o prazer só pra quem detém o poder
sem piedade dos morrem sem ter o que comer
a vertigem da privação, exigência do corpo padrão
regras infundadas estereótipos da perfeição
mais de quatro bilhões de toneladas de alimentos são produzidos por ano
um bilhão e trezentos milhões de toneladas são desperdiçados
toda comida produzida no mundo seria capaz de erradicar a fome
mas nada disso interessa aos que centralizam renda e produção
a fome
a fome
a fome
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4. |
4. Cores
03:08
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existir. resistir.
os diversos que movem
são tantos os plurais que morrem
existir. resistir.
os diversos que movem
são tantos os plurais que morrem
austeridade não vai apagar
memória não vai vagar
vão ter que aceitar
liberdade para amar
insurgir
transgredir
o arco-íris por detrás das nuvens
o arco-íris por detrás das nuvens
sobreviver não satisfaz
o corpo pra desbravar
a força pra lutar
a força pra lutar
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5. |
5. Bordas
04:23
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bordas
à quem pertence esse chão?
bordas
de onde vem a repressão?
bordas
por que há punição?
bordas
por que a aversão?
divisão simbólica
barreira ideológica
muros que exterminam
ideais de condição
margens que rejeitam
linhas que repelem
fronteiras políticas
povos em divisão
soberania da nação
donos dos meios de produção
desejo de consumo
desigualdade e dominação
bloqueio dos aflitos
guerras e conflitos
faz deter o grito
sinônimo: imigração
a apatia e crueldade que colocam integridades humanas em risco, se transformam em ódio e violência por defesa de riquezas inexistentes. Essa guerra não é por espaço. É por acúmulo de poder.
bordas
à quem pertence esse chão?
bordas
de onde vem a repressão?
bordas
por que há punição?
bordas
por que a aversão?
Até quando haverão propensos a matar e morrer para reter propriedades enquanto há quem esteja lutando para sobreviver? compartilhemos o planeta, este não tem proprietários. abundância gera abundância.
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6. |
6. Ansiedade
02:15
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ser
vencer
todas as prerrogativas
histeria coletiva
uma vida à deriva
carência de perspectiva
adoecer
enlouquecer
cansaço excessivo
o corpo Inativo
ausência de objetivo
constante nervosismo
adoecer
adoecer, enlouquecer
enlouquecer
adoecer, enlouquecer
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7. |
7. Silêncio
01:42
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as vozes da minha cabeça dizem pra eu ouvir o que o silêncio tem a dizer
as vozes da minha cabeça pede ao silêncio sua resistência
o silêncio das conversas que eu não quero ouvir
o silêncio que eu não quero sentir
eu quero o vazio
eu quero tirar a dor de mim
eu quero o vazio
eu quero o silêncio
o silêncio que me traz a calma
o silêncio que me traz calma
o silêncio.
o silêncio das ruas
o silêncio das vozes na minha cabeça
o silêncio das conversas que eu não quero ouvir
o silêncio do que eu não quero sentir
eu só queria o silêncio
eu só queria o silêncio.
eu quero o vazio
eu quero tirar a dor de mim
eu quero o vazio
eu quero o silêncio
o silêncio que me traz a calma
o silêncio que me traz calma
o silêncio.
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8. |
8. Velocidade Líquida
03:32
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pensador global
sujeito irracional
conforto e amparo
conexões sem laços
impermanência infinita
liberdade assistida
velocidade líquida
corpos mercadoria
jogos e contradições
pensador global
repleto de competições
sujeito irracional
status social
vida superficial
impermanência infinita
pensador global
liberdade assistida
sujeito irracional
velocidade líquida
corpos mercadoria
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9. |
9. Hipócritas
03:02
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hey!
você trabalha o dia todo e não vê a luz do sol
um mecanismo de sucesso e fator fundamental
para criar novos tipos de consumo desnecessário
hey!
você cria realidades paralelas com auxílio de psicotrópicos por que a realidade é difícil é difícil demais de encarar
hey!
enquanto sua noite corre chapada, jovens estão virando estatística nas biqueiras para o seu mais profundo prazer.
hey!
a culpa é sua
hipócritas
hey!
a culpa é minha
hipócritas
hey!
você vai pra sua casa transar, pega um uber pensando estar ajudando alguém, mas não pensa nas consequências dessa cadeia informal de trabalho.
hey!
você pede o rappi do café da manhã, que atrasa o horário de chegada, você faz escândalo no twitter por quê seu ritual de domingo não pode atrasar
hey!
você dá crédito para banqueiros que mal sabem como usar o seu dinheiro, não me venha com blablabla, vai a merda, ordinário!
hey!
a culpa é sua
hipócritas
hey!
a culpa é minha
hipócritas
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10. |
10. Ancestrais
04:07
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carregamos a genética de nossos ancestrais
e com isso levamos a história.
história que vem sendo apagada por uma sociedade que enfrenta o acúmulo
baseada na hegemonia branca
características, culturas e jeitos de viver
substituídos por novos formatos arquitetados pelo capital
um orquestramento que beneficia poucos
que ludibria o resto
tal qual espelhos iludiram no passado
traços carregados de história
marcas da evolução ignoradas
todas as angústias suportadas
gigantes tradições descartadas
Mba'ewa re djapo nhande kwery upe
Governo onoe tse nhande mba'emokwe
Txerapitxa djaha djagwata djoupiwe
Nhanderamoe kwery, nhandedjaryi kwery omombe'u nhandewy
Nhanderu ome'e nhande ywy
Txe adjerowia ete ay are rire
Rogweru djiwy ore mba'emokwe
Nhande katu djadjeroky e'y ramõ
Djadjerodjy e'y ramõ
Nhanderu ndoma'eiry nhande nhe'e
Nhande rete nhande korantsu
Oedja riwé katu
Ma nhandekwery guarani tupi guarani
Roreko nhande mba'e
Nhanderentarakwery omano'i wa'ekwe
Ore mbo'e katu
Txe tuty, txe tsy'y, txiri'y rewé
Ko'ay-ary a'e kwery txe mbarete
nhanderu oremombaraete katu
nossos ancestrais se reconhecem e se acolhem
respeitando as múltiplas identidades
alianças criadas a partir do afeto
não através da colonização de outros corpos
a existência, a genética carregam históricos de impossíveis sínteses simplórias
corre nas veias,
em cada gota de sangue derramado
é intangível
só se pode sentir
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