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Sintoma

by In Venus

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1.
a morte viva o inferno e o nada no eterno e constante retorno o começo sem fim a roda da existência imperfeita e deformada que vai e volta todos os dias mais perto da destruição todos os dias mais perto da salvação todos os dias mais perto da destruição todos os dias mais perto da salvação o fogo que alimenta a pergunta e a resposta a morte pela boca a eternidade pela cauda o conhecimento reciclável um eco sem fim todos os dias mais perto da destruição todos os dias mais perto da salvação todos os dias mais perto da destruição todos os dias mais perto da salvação
2.
ninguém se importa o jogo é sujo ninguém se importa o jogo é sujo minha opinião, minha conclusão é tudo particular, é tudo em vão minha perspectiva, minha vida tanto faz a ida ou vinda ninguém se importa o jogo é sujo ninguém se importa o jogo é sujo meus problemas, meu fracasso minha autoestima, minha irrelevância tá tudo uma merda, e não é só pra mim, é pra mim e pra você, então o que fazer além de reclamar e divagar? as vezes eu tenho vontade de gritar! ninguém se importa o jogo é sujo, baby ninguém se importa o jogo é sujo, baby ninguém se importa ninguém se importa
3.
cólera dos sentidos, delírio coletivo ruína da sanidade, controle e manutenção o nó no estômago que aperta sem momento para se romper desejo substancial e o vazio que ruge oitocentos e vinte milhões de pessoas atravessam a fome dentre essas, cinco milhões de brasileiros sofrem com a escassez uma a cada dez pessoas da população mundial está subnutrida quatro segundos é o intervalo de tempo entre mortos pela desnutrição a fome a fome a fome o paladar, a gula e o prazer só pra quem detém o poder sem piedade dos morrem sem ter o que comer a vertigem da privação, exigência do corpo padrão regras infundadas estereótipos da perfeição mais de quatro bilhões de toneladas de alimentos são produzidos por ano um bilhão e trezentos milhões de toneladas são desperdiçados toda comida produzida no mundo seria capaz de erradicar a fome mas nada disso interessa aos que centralizam renda e produção a fome a fome a fome
4.
4. Cores 03:08
existir. resistir. os diversos que movem são tantos os plurais que morrem existir. resistir. os diversos que movem são tantos os plurais que morrem austeridade não vai apagar memória não vai vagar vão ter que aceitar liberdade para amar insurgir transgredir o arco-íris por detrás das nuvens o arco-íris por detrás das nuvens sobreviver não satisfaz o corpo pra desbravar a força pra lutar a força pra lutar
5.
5. Bordas 04:23
bordas à quem pertence esse chão? bordas de onde vem a repressão? bordas por que há punição? bordas por que a aversão? divisão simbólica barreira ideológica muros que exterminam ideais de condição margens que rejeitam linhas que repelem fronteiras políticas povos em divisão soberania da nação donos dos meios de produção desejo de consumo desigualdade e dominação bloqueio dos aflitos guerras e conflitos faz deter o grito sinônimo: imigração a apatia e crueldade que colocam integridades humanas em risco, se transformam em ódio e violência por defesa de riquezas inexistentes. Essa guerra não é por espaço. É por acúmulo de poder. bordas à quem pertence esse chão? bordas de onde vem a repressão? bordas por que há punição? bordas por que a aversão? Até quando haverão propensos a matar e morrer para reter propriedades enquanto há quem esteja lutando para sobreviver? compartilhemos o planeta, este não tem proprietários. abundância gera abundância.
6.
6. Ansiedade 02:15
ser vencer todas as prerrogativas histeria coletiva uma vida à deriva carência de perspectiva adoecer enlouquecer cansaço excessivo o corpo Inativo ausência de objetivo constante nervosismo adoecer adoecer, enlouquecer enlouquecer adoecer, enlouquecer
7.
7. Silêncio 01:42
as vozes da minha cabeça dizem pra eu ouvir o que o silêncio tem a dizer as vozes da minha cabeça pede ao silêncio sua resistência o silêncio das conversas que eu não quero ouvir o silêncio que eu não quero sentir eu quero o vazio eu quero tirar a dor de mim eu quero o vazio eu quero o silêncio o silêncio que me traz a calma o silêncio que me traz calma o silêncio. o silêncio das ruas o silêncio das vozes na minha cabeça o silêncio das conversas que eu não quero ouvir o silêncio do que eu não quero sentir eu só queria o silêncio eu só queria o silêncio. eu quero o vazio eu quero tirar a dor de mim eu quero o vazio eu quero o silêncio o silêncio que me traz a calma o silêncio que me traz calma o silêncio.
8.
pensador global sujeito irracional conforto e amparo conexões sem laços impermanência infinita liberdade assistida velocidade líquida corpos mercadoria jogos e contradições pensador global repleto de competições sujeito irracional status social vida superficial impermanência infinita pensador global liberdade assistida sujeito irracional velocidade líquida corpos mercadoria
9.
hey! você trabalha o dia todo e não vê a luz do sol um mecanismo de sucesso e fator fundamental para criar novos tipos de consumo desnecessário hey! você cria realidades paralelas com auxílio de psicotrópicos por que a realidade é difícil é difícil demais de encarar hey! enquanto sua noite corre chapada, jovens estão virando estatística nas biqueiras para o seu mais profundo prazer. hey! a culpa é sua hipócritas hey! a culpa é minha hipócritas hey! você vai pra sua casa transar, pega um uber pensando estar ajudando alguém, mas não pensa nas consequências dessa cadeia informal de trabalho. hey! você pede o rappi do café da manhã, que atrasa o horário de chegada, você faz escândalo no twitter por quê seu ritual de domingo não pode atrasar hey! você dá crédito para banqueiros que mal sabem como usar o seu dinheiro, não me venha com blablabla, vai a merda, ordinário! hey! a culpa é sua hipócritas hey! a culpa é minha hipócritas
10.
carregamos a genética de nossos ancestrais e com isso levamos a história. história que vem sendo apagada por uma sociedade que enfrenta o acúmulo baseada na hegemonia branca características, culturas e jeitos de viver substituídos por novos formatos arquitetados pelo capital um orquestramento que beneficia poucos que ludibria o resto tal qual espelhos iludiram no passado traços carregados de história marcas da evolução ignoradas todas as angústias suportadas gigantes tradições descartadas Mba'ewa re djapo nhande kwery upe Governo onoe tse nhande mba'emokwe Txerapitxa djaha djagwata djoupiwe Nhanderamoe kwery, nhandedjaryi kwery omombe'u nhandewy Nhanderu ome'e nhande ywy Txe adjerowia ete ay are rire Rogweru djiwy ore mba'emokwe Nhande katu djadjeroky e'y ramõ Djadjerodjy e'y ramõ Nhanderu ndoma'eiry nhande nhe'e Nhande rete nhande korantsu Oedja riwé katu Ma nhandekwery guarani tupi guarani Roreko nhande mba'e Nhanderentarakwery omano'i wa'ekwe Ore mbo'e katu Txe tuty, txe tsy'y, txiri'y rewé Ko'ay-ary a'e kwery txe mbarete nhanderu oremombaraete katu nossos ancestrais se reconhecem e se acolhem respeitando as múltiplas identidades alianças criadas a partir do afeto não através da colonização de outros corpos a existência, a genética carregam históricos de impossíveis sínteses simplórias corre nas veias, em cada gota de sangue derramado é intangível só se pode sentir

about

Historians say a century doesn't start in year one but when something big happens in history. Therefore, we can already aim for 2020 as the starting point of the XXI century. At the beginning of February, without knowing what the next months would be like, In Venus started the recording process of Sintoma, their second album. Sound and lyrics anticipated questions about these complex pandemic times, although they thought about new future possibilities, using art as a tool of comprehension of our times.
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Dizem os historiadores que um século não se inicia em seu ano um, mas sim quando um grande acontecimento o insere na história, sendo assim, já podemos apontar 2020 como o marco inicial do século XXI. No início de fevereiro, mesmo ainda sem saber o que seria a sucessão dos meses seguintes, a banda paulistana In Venus iniciava o processo de gravação de Sintoma, seu segundo álbum, que já levantava questionamentos sobre o que seria esse complexo período de pandemia, ao mesmo tempo que refletia sobre novas possibilidades de futuro, utilizando-se da arte como ferramenta de compreensão dos nossos tempos.

credits

released April 1, 2021

Produção e edição: Mari Crestani
Mixagem e edição: Malka Julieta
Masterização: Luis Tissot
Captação e edição: Helena Duarte (Estúdio Mestre Felino / Fevereiro de 2020)
Todas as composições por In Venus
Arte: Erikat
Projeto gráfico: Rodrigo Lima
Produção executiva: Cint Murphy e Patricia Saltara

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In Venus São Paulo, Brazil

Post Punk Grrrl band.

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